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Os 25 piores sites da rede São Francisco - A revista PC World/EUA fez uma lista com os piores sites da web. Confira.
Dizem que recordar é viver. Mas quando se trata de internet, observar o passado é mais como uma visão de raio-x. Assim como capitalistas aventureiros misturam seu dinheiro hoje em dia com qualquer coisa parecida com Ajax ou Web 2.0, e publicações na rede se tornam tão simples que qualquer um que saiba usar o mouse pode criar um site, nós damos aqui a nossa lista dos 25 piores sites de todos os tempos.
Muitos desses 25 sites datam do “boom” enfrentado pela internet, quando nenhuma má idéia era sem sentido. Alguns sites foram feitos por engano – pelo menos dois de nossos retratados organizadores da rede gastaram algum tempo nessa estupidez. Outros são simples exemplos de maus projetos, ou páginas que foram pouco cuidadosas com as informações dos usuários, ou tentaram exigir muitos dados pessoais para muito pouco benefício.
E para provar que não temos medo de alfinetar alguém maior, nossa escolha de pior site seja talvez o maior cyberspot do planeta no momento. Sinta-se à vontade para começar pelos últimos e assim por diante, ou vá direto ao pior dos piores.
Confira nossa lista e opine. Quais sites você incluiria nesta lista?
25 - Rentmychest.com
Procure a palavra Pedaço no dicionário, e não encontrará a figura do peito desnudo de Chris Pirillo, o cara por trás de sites de download como o lockergnome.com. Mas você costumava encontrar muitas figuras neste site, onde o flácido e barrigudo Pirillo leiloou mensagens escritas em seu peito com pincel atômico por 20 dólares. Esses dias de mensagens pinceladas se foram, substituídos por uma única imagem de fundo que seria melhor jamais ser vista e um punhado de palavras chaves com links. Acredite ou não, as palavras chave são de fato mais caras, começando em 200 dólares. Veja bem, Chris pode conhecer profundamente seus próprios downloads, mas por favor, alguém o mande para a academia de ginástica.
24 - IKissYou.org
Por um breve período em 1999, um tocador de acordeom turco chamado Mahir Cagri foi o homem mais famoso da internet, o que realmente diz mais sobre nós do que um uso menos ameaçador da rede. Seu site, que apresenta fotos pessoais, inglês charmosamente quebradiço e a frase “Bem vindo à minha home page... Eu Te Dou Um Beijo!!!” se tornou uma pequena sensação da web, por razões que são agora completamente obscuras. O legado de Mahir reside na personalidade de Sacha Baron Cohen, mais assustadora do que uma semelhança passageira com o turco.
23 - InmatesForYou.com
Este site quer ajudar qualquer um a encontrar sua pessoa especial, mesmo se tiver de esperar 13 anos pela liberdade condicional dessa suposta cara metade.
22 - Digital Entertainment Network
Essa rede de entretenimento digital de injustiça torrou mais de 100 milhões de dólares antes de fechar as portas. Um escândalo sexual envolvendo o CEO do site não é uma coisa que realmente ajuda uma empresa. Hoje o Den.com se resume a uma página com links para outros sites.
21 - Golden Palace Casino
Muitos sites costumavam fazer qualquer coisa para sair nas manchetes, e a campanha publicitária do Golden Palace levou essa idéia até o fim. Desde comprar a “Torrada Sagrada” – um sanduíche de queijo grelhado que se parece com a Virgem Maria – até adquirir uma das pedras dos rins de Willian Shatner, nenhuma promoção é sem valor para esse cassino online.
20 - Hotmail.com
Na segunda metade dos anos 90, o Hotmail era a Suíça virtual dos disseminadores de spams, que agiam impunemente através do gratuito serviço de e-mail. Os detentores de contas Hotmail eram rotineiramente enterrados numa avalanche de lixo – em parte porque novos assinantes eram adicionados automaticamente a um diretório público de endereços de e-mail, fazendo deles alvos fáceis para os semeadores de spams. Um massivo “ataque dicionário” na base de usuários do site, em agosto de 2002, não foi de fato uma ajuda. Mais tarde, naquele mesmo ano, a Microsoft finalmente começou a implementar sérias medidas anti-spam.
19 - WebVan
O grande pai das bombas da internet, o WebVan, sugou 1.2 bilhão de dólares de capital investido antes de morrer em julho de 2001. O custo de construção de uma rede de trabalho nacional para centros de distribuição de mercearias se provou grande demais para os donos de mercarias online. È o clássico exemplo de uma grande idéia sem um modelo de negócios viável. A única razão para não ter uma posição mais avançada na lista é que seu serviço de entregas era realmente bom, pelo menos enquanto durou.
18 - Beenz.com and Flooz.com
Os ambiciosos esquemas de flutuar moeda virtual afundaram como pedras em agosto de 2001. Os sites esperavam que cautelosos cidadãos da internet prefeririam usar cartões de compra para bens online do que usar cartões de crédito, mas os consumidores disseram “Não” para a oferta. A grande diferença entre os dois? O Flooz apresentou Whoopi Goldberg como sua porta voz. É, a carreira dela também não tem sido a mesma desde então.
17 - Boo.com
Símbolo da excessividade ponto-com, torrou dinheiro tão rápido que se pensaria que seus executivos trabalhavam para o governo federal. O site de comportamento apresentava um avatar 3D, chamado Miss Boo, mas as verdadeiras estrelas do Boo eram seus fundadores, que gastavam dinheiro como se fosse moda - 120 milhões de dólares em seis meses em abundantes apartamentos e lembrancinhas caras - e o site ainda era pesado demais para um mundo largamente refém da conexão discada no ano de 2000. Fantasticamente, o Boo.com está se preparando para voltar ao final deste ano sob nova direção. Tenha medo, muito medo.
16 - Microsoft Windows Update
A Microsoft podia ter escapado de nossa percepção se não tivéssemos que visitar esta página oculta e difícil de usar tão frequentemente. É a única razão para usar o Internet Explorer – simplesmente porque a página de atualização da Microsoft não funciona com qualquer outro navegador.
15 - Neuticles.com
Os seus animais de estimação estão envergonhados por serem castrados? Seus amigos de quatro patas não precisam saber, graças ao Neuticles – implantes que restauram a aparência e não a função de suas partes removidas. Com um toque muito especial, a página abre com uma rápida animação de uma bola pingando no chão (naturalmente). Sim, esses cosméticos de gaveta não são piada; os preços começam com 73 dólares o par. Não confunda com o BumperNuts, que oferece serviço similar, só que para o carro.
14 - BidForSurgery.com
Tristemente, este site é exatamente o que diz. Imagine um Priceline para cirurgias plásticas faciais e redutoras de estômago. Não, não estamos brincando.
13 - Whitehouse.com
Não é a casa virtual do presidente dos EUA – esse é o Whitehouse.gov – Whitehouse.com surgiu durante a era Clinton como uma página dedicada a discurso político. Em setembro de 1998 ajudou a distribuir o Relatório Starr, mas então o site também se tornou a página pornográfico mais vergonhosamente nomeada da rede – apresentando, entre outras coisas, a Estagiária do Mês da Casa Branca. Hoje a página hospeda a listagem das páginas amarelas.
12 - O Bebê Dançarino
Estranhamente divertido e profundamente perturbador, o famoso bebê dançarino atravessou a internet até os holfotes com seus passos de jazz, aparecendo na Ally McBeal e nos vídeos da Blockbuster comercializados em meados dos anos 1990. Hoje existem dúzias de variações em milhares de sites. Se estiver procurando pelas partes responsáveis por dar a luz a esse fenômeno, culpe os seus pais da Burning Pixels Productions.
11 - Raiva Para Crianças
Eis o que acontece quando boas intenções encontram maus projetos. Publicado pela Seção de Zoonoses Raquéticas e Virais do Centro de Controle de Doenças, o site Raiva para crianças é uma orgia de resquícios gráficos. Você estará espumando pela boca antes de chegar até a seção “Atividades”, que mostra a foto de um cérebro de cachorro sendo cortado com um bisturi.
10 - MyLackey.com
Esse site de Seattle se oferecia para passear com seu o cachorro, pegar sua roupa na lavanderia, e fazer todos os outros tipos de trabalhos curtos por uma taxa. A empresa contratou um provedor de serviço local para fazer o trabalho sujo, mas aparentemente aplicou a noção de “lacaios” para seus próprios empregados. Um infame memorando do co-fundador Brendon Barnicle repreendeu 65 empregados da empresa por não trabalhar onze horas por dia, fazendo do MyLackey um “símbolo” do trabalho “ético” ponto-com. Dezesseis meses depois de começar, o último lacaio ainda de pé fechou as portas e apagou as luzes antes de ir embora.
9 - Hamsterdance.com
Possivelmente o site mais irritante da Terra. Tampões de ouvido recomendados.
8 - BonziBuddy
Este macaco roxo animado se intitulava “seu melhor amigo na internet”, mas muitos que baixaram esse programa gratuito não estavam com feições exatamente amigáveis depois. O “amigo” podia contar piadas, relatar seus e-mails, gerenciar sua agenda, baixar arquivos, entre outros. Mas o macaco cor de uva também rastreava os hábitos de navegação do usuário, raptava algumas páginas e instalava muitos de seus amigos adwares. Dependendo das configurações do navegador, somente visitar o site do Bonzi ou clicar numa propaganda instalava o Buddy na sua máquina. Em 2002, cidadãos da rede incomodados ficaram cheios das macaquices e processaram o Bonzi por propaganda enganosa. Em 2005, Buddy já era história.
7 - Pets.com
Quem soltou os cachorros? Em 1999 era perfeitamente normal gastar 175 milhões de dólares fazendo um cachorrinho de meia famoso. Mas a noção de guardar algum dinheiro em animaizinhos pequenos nunca cativou os consumidores, em novembro de 2000 o Pets.com foi eutanizado – indo de oferta pública na bolsa até liquidação em apenas nove meses. Antes de virar história, a empresa processou o Triumph the Comic Insult Dog alegando difamação contra seu mascote. Aparentemente, até as animais de meias têm sentimentos.
6 - Pixelon.com
Mais irreal do que virtual, essa empresa de mídia ostentou uma nova tecnologia revolucionária que poderia entregar vídeo de alta qualidade pela internet. Mas o CEO e fundador da Pixelon “Michael Fenne” era na verdade um operador de apostas chamado David Kim Stanley, que gastou o dinheiro dos investidores majoritários – alguns 16 milhões de dólares - numa festa em uma lancha com Tony Bennett, KISS e o The Who em Las Vegas. Antes de iniciar a Pexelon, Stanley foi acusado de enganar amigos e vizinhos conseguindo assim 1,5 milhão de dólares. Ele estava foragido e vivendo no carro quando fundou a empresa. A nova tecnologia revolucionária da Pixelon era igualmente falsa.
5 - AllAdvantage
Este site teve a brilhante idéia de pagar US$ 0,50 por hora para as pessoas procurarem propagandas o dia inteiro, mais US$ 0,10 adicionais por hora por cada amigo convencido a fazer o mesmo. Tudo que os usuários precisavam fazer era instalar uma “Barra de Exibição” que mostrava anúncios e marcava quanto tempo eles ficavam online. De maneira impressionante, a empresa conseguiu levantar US$ 135 milhões em capital de risco e convenceu 2 milhões de usuários recrutados antes de quebrar em fevereiro de 2001. Por algum motivo, os anunciantes não viram nenhuma vantagem em alcançar um público com 4 dólares por dia.
4 - CD Universe
Em dezembro de 1999 um hacker russo chamado Maxim invadiu o site dessa empresa, roubou 350.000 números de cartões de crédito, e então pediu um resgate de 100 mil dólares. Quando a CD Universe se recusou a pagar, Maxim enviou 25.000 dos números a um site da rede. Na época, a CD Universe pertencia à eUniverse, que combinava seu site e seu banco de dados de clientes num servidor desprotegido. “Basicamente, eles colocaram o pote de doces em plena vista e sem tampa”, diz o atual dono da eUniverse, huck Beilman. “Era só uma questão de tempo até alguém roubar o doce”. Agora a base de dados dos clientes da CD Universe é separada do site, criptografada e protegida por um firewall.
3 - Cartoonnetwok.com
Não é um equívoco, é uma “equinvasão”, onde o dono do site registra deliberadamente um trocadilho errado de um domínio popular na esperança de atrair o tráfego do site verdadeiro. Cartoonnetwok foi um dos 5500 domínios enganosos pertencentes a John Zuccarini, que fazia negócios em nome da “Cupcake Confidential”. Mas esta não foi a única tacada suja de Zuccarini no mundo dos negócios. Investigadores FTC visitaram um de seus sites e encontraram telas preenchidas com 29 janelas de navegação para crédito instantâneo, psicologia online, apostas e páginas pornográficas. Quando o botão Voltar era ativado, outras 7 janelas abriam – uma técnica conhecida como “ratoeira do mouse”. Pior, muitos dos sites de Zuccarini eram feitos para crianças. Em 2003 Zuccarini foi considerado culpado por violar o Ato de Verdade em Nomes de Domínio e foi sentenciado a dois anos e meio de pena federal.
2 - CyberRebate
A frase “o cheque está no correio” ganhou novo significado com essa ponto-com. O CyberRebate se propunha a reembolsar 100 por cento do que você gastou com bens eletrônicos, desde de que você pagasse 10 vezes o seu valor de varejo e deixasse o CyberRebate segurar o seu dinheiro por pelo menos 10 semanas. O site confiou em pessoas que esqueceriam simplesmente de solicitar o reembolso. Infelizmente, pelo menos para o CyberRebate, a quantidade dessas pessoas não foi suficiente. A empresa foi para a bancarrota em maio de 2001 devendo $60 milhões em reembolso. Consumidores aflitos tiveram de se contentar com aproximadamente 9 centavos por dólar investido.
1 - MySpace.com
Sim, nós sabemos. Com mais de 90 milhões de usuários, o MySpace já é mais popular que o Elvis, American Idol e sorvete. Mas o site mais visitado da web é também o mais mal projetado e improdutivo.
A facilidade com a qual qualquer um pode criar uma página, carregar fotos, compartilhar detalhes íntimos de suas vidas e fazer “novos amigos” rapidamente transformou o MySpace num centro comercial de parada obrigatória para predadores online. Essa transformação fez do site um alvo fácil para políticos clamarem por votos se aproveitando do medo dos pais. Numa era na qual princípios básicos da rede estão sob ataque tanto pelo Meu Alerta quanto pelo Tio Sam, o MySpace é uma dor de cabeça desencessária.
Mas deixemos tudo isso de lado por um momento. Graficamente falando, muitas das páginas do MySpace parecem o quarto de um adolescente depois de um tornado – um redemoinho de papéis de parede em conflito, boxes amontoados dentro de outros boxes, toneladas de fotos e perturbações vocais. Tente carregar algumas poucas páginas ao mesmo tempo e veja o que acontece com o seu computador. Cuidado também com os spywares, uma vez que o site se tornou um popular vetor de distribuição para downloads induzidos e outros tipos de exploração. E num lugar onde o “Vc é tãããõoo gostosa!!” passa por sabedoria, o MySpace não está fazendo muito para elevar o nível do discurso social.
Em resposta a um movimento público e algumas bem publicada ações judiciais, o MySpace começou a modificar suas políticas – por exemplo, limitando o acesso dos adultos em contatar menores de idade. Isso dificilmente é suficiente. Requerer algum tipo de autenticação dos usuários – ou de seus parentes – para validar suas idades e identidades, seria um grande passo para amedrontar os aproveitadores e fazer do site uma rede social mais agradável e educada.
Seria o MySpace totalmente ruim? Não. Seríamos nós velharias? É, provavelmente. Mas o site mais popular da web precisa de um sério reboot de segurança. E possivelmente de reformulação. Até lá, o MySpace (MeuEspaço) não será jamais um OurSpace (NossoEspaço).
| | Os 25 piores produtos e serviços de tecnologia de todos os tempos São Francisco - A PC World selecionou os piores produtos de todos os tempos de tecnologia. Confira a lista completa.
1. America Online (1989-2006)
Desde que a América Online nasceu da barriga de uma BBS chamada Quantum "PC-Link", em 1989, seus usuários enfrentaram softwares terríveis, números de dial-up inacessíveis, anúncios agressivos, cobrança questionável, serviço de suporte sofrível e spam para uma vida inteira.
A mais cara entre os concorrentes, a empresa teve sucesso no início ao perseguir os novatos com técnicas agressivas - nos anos 90 não se podia abrir uma revista (incluindo a PC World) ou caixa de correio sem que um CD da AOL caísse dela.
Mas uma vez que a AOL o tinha em suas mãos, o cliente encontrava problemas para se livrar dela. A companhia sofreu diversos processos de clientes que cancelaram o serviço e continuaram a ser cobrados, e pagou US$ 1,25 milhão de dólares em indenização somente a usuários de Nova York.
Quando os clientes começaram a explorar a web de fato, se deram conta da má qualidade dos serviços, e AOL foi sendo gradativamente abandonada. Hoje, a empresa se concentra em se reinventar como provedora de conteúdo e não de acesso. Sua aventura na América Latina terminou em falência e na venda da maior parte das operações, incluindo a do Brasil, que fechou definitivamente as portas no início do ano.
2. RealNetworks RealPlayer (1999)
Uma frustrante incapacidade de tocar arquivos de mídia - em parte por conta da constante mudança de formatos - foi apenas parte dos problemas do RealPlayer. O tocador também tinha o irritante hábito de ficar à vontade no seu PC, se autodefinindo como software preferencial, tomando liberdades com o Windows Registry, abrindo janelas com mensagens chatas que eram mais como anúncios, e por aí vai...
A isso se soma a insistente mania da Real de monitorar os hábitos musicais de seus usuários, com os softwares RealJukeBox, RealPlayer G2 e RealDownload, que lhe rendeu uma avalanche de publicidade negativa. Apesar disso, a empresa ainda merece crédito por ser a primeira a oferecer um tocador de mídia gratuito e por enfrentar a Microsoft. Apreciamos o fato de haver um concorrente ao Windows Media Player, só queríamos que ele fosse melhor.
3. Syncronys SoftRAM (1995)
Em 1995, uma RAM custava de 30 a 50 dólares e as aplicações do Windows 95 demandavam cada vez mais do PC. A idéia de “dobrar” a memória instalando um software de 30 dólares parecia tentadora. Os 700 mil usuários que compraram o SoftRAM certamente achavam isso. Infelizmente, não foi isso que eles receberam.
Na verdade, a única coisa que o SoftRAM fazia era expandir o tamanho do cache do disco rígido - algo que qualquer um com experiência mínima faria sem ajuda de software em um minuto. Ainda assim, o ganho em performance era questionável. A Comissão de Comércio dos Estados Unidos considerou o produto “falso e enganador” e a empresa foi obrigada a tirá-lo das prateleiras e pagar indenizações. Em 1999 a empresa faliu e ninguém sentiu sua falta.
4. Microsoft Windows Millennium (2000)
Essa é provavelmente a pior versão do Windows já lançada - ou pelo menos desde os temíveis dias de Windows 2.0. O Windows Millennium Edition (ME) - também apelidado de Mistaken Edition (em português, edição equivocada) - era a continuação do Windows 98 para usuários domésticos.
Logo após sua aparição no final de 2000, os usuários reportaram problemas para instalá-lo, fazê-lo funcionar com outros hardwares e softwares e até para fazê-lo parar. Fora isso, o ME funcionava muito bem. Seu crédito é ter introduzido funções populares como a recuperação de arquivos - exceto pelo fato de que ele recuperava inclusive arquivos indesejados, como vírus deletados. Esqueça a virada do ano 2000, este é o verdadeiro bug do milênio.
5. Sony BMG Music CDs (2005)
Quando você coloca um CD de música no seu computador, a última coisa que você espera é que ele se transforme em um brinquedo de hacker. Isso é exatamente o que a Sony BMG Music Entertainment fez com seus CDs em 2005. O sistema de proteção à cópia instalava um rootkit, tornando-o invisível até mesmo a antispywares ou antivírus.
Com mais de 500 mil máquinas afetadas, a Sony lançou uma correção ainda mais problemática, recolheu os CDs do mercado, e enfrentou uma enxurrada de processos. Tornar sua máquina vulnerável a ataques - essa não é a função da Microsoft?
6. CD-ROM “O Rei Leão”, da Disney (1994) Pesadelo do Natal de diversas criancinhas, o CD-ROM do Rei Leão confiava no novo mecanismo gráfico da Microsoft, o WinG, e drivers de vídeo que tinham que ser manualmente configurados. O problema é que a Compaq lançou um Presario com drivers de vídeo que não tinham sido testados. Resultado: quando as crianças foram brincar com seu presente na manhã de Natal tudo que ganharam foi uma tela azul.
7. Microsoft Bob (1995)
Nenhuma lista dos piores estaria completa com o primo idiota do Windows, o Bob. Desenvolvido como uma interface social para o Windows 3.1, o Bob era uma sala de estar com diversos objetos clicáveis e uma série de personagens animados, como o Gato Chaos e o Rato Scuzz que o conduziam por uma pequena suíte de aplicativos. Felizmente, o Bob foi enterrado com a chegada do Windows 95, embora alguns personagens - como o clipe animado de papel - tenham sobrevivido para perturbar os usuários.
8. Internet Explorer 6 (2001)
Cheio de recursos, fácil de usar, e um convite mortal a hackers e outros delinqüentes digitais, o Internet Explorer 6.x é provavelmente o software menos seguro do planeta. O software era tão perigoso que em 2004 o Computer Emergency Readiness Team (CERT) tomou a drástica medida de aconselhar os usuários a usarem qualquer navegador menos o IE.
9. Pressplay e MusicNet 2002
Duas das primeiras iniciativas da indústria musical para oferecer conteúdo online mostraram que as gravadoras não entendiam do negócio. O PressPlay cobrava 15 dólares por mês pelo direito de ouvir 500 músicas de baixa qualidade, baixar quarenta faixas e gravar um CD com 10 músicas. A idéia nem parecia tão ruim, até se descobrir que nem todas as faixas podiam ser baixadas e só era possível gravar duas músicas de cada artista.
O MusicNet custava 10 dólares por mês para ter acesso a 100 músicas para streaming e 100 downloads, mas cada download expirava em 30 dias. Muitos downloads ilegais depois, uma empresa de fora - a Apple, com seu iTunes - mostrou a gravadoras o jeito certo de vender música digital.
10. Ashton-Tate dBASE IV (1988)
Nos primeiros dias do PC, dBASE era sinônimo de banco de dados. Ao final dos anos 80, o produto da Ashton-Tate tinha 70% do mercado. Tudo mudou com o dBASE IV. Terrivelmente lento e com mais buracos que uma peneira, o produto de 795 dólares foi um desastre.
11. Priceline – venda de gasolina e comestíveis (2000)
A Priceline desenvolveu um modelo de negócios no qual você dizia o quanto você queria pagar. Ele funcionou bem com passagens aéreas, aluguel de carros e hotel, mas não com venda de gasolina e produtos comestíveis.
12. PointCast Network (1996)
Vamos voltar a meados dos anos 90, quando uma tecnologia chamada “push” iria revolucionar a internet. Em vez de surfar na web em busca de notícias e informação, as aplicações “push”, como a PointCast Network, levariam as informações personalizadas até o seu desktop.
Mas logo a tecnologia “push” se mostrou um desastre, à medida que consumia muita banda, em uma época que as conexões ainda eram discadas e lentas. Além disso, serviços e aplicações novas, como a RSS, ganharam espaço.
13. IBM PCjr. (1984)
A tentativa da IBM de desenvolver um computador barato para as casas e escolas transformou-se em uma idéia órfã desde o seu início. A razão: o grande sucesso de um parente seu, o IBM PC. Dois anos depois, saiu de cena para nunca mais voltar.
14. A celebração do 10º aniversário da Gateway 2000 (1995)
Depois de uma década como um dos principais fabricantes de computadores do mundo, os donos da Gateway quiseram celebrar com uma configuração especial de seus PCs.
Mas o que se viu foi um computador que não cumpria suas promessas. A placa de vídeo era uma versão inferior do que as pessoas pensavam que estavam comprando, os alto-falantes sorround, na verdade, também não tinha esse recurso e o CD-ROM de 6x funcionava em 4x ou mais lento.
15. Iomega Zip Drive (1998)
Clique-clique-clique. Esse era o som dos dados morrendo em milhares de drives Iomega Zip. Apesar de a empresa vender mais de 10 milhões de unidades dos drives Zip e Jaz que funcionavam perfeitamente, milhares deles morriam misteriosamente.
A Iomega ignorou o problema, o que causou a fúria dos usuários e uma ação na Justiça em 1998, que terminou com um acordo três anos depois. Atualmente, os drives Zip e Jaz foram ultrapassados por mídias como o CD e DVD, mais baratos, mais rápidos e com mais capacidade para gravação de dados.
16. Comet Systems Comet Cursor (1997)
Agradeça o Comet Cursor pela introdução dos spywares. Ele tinha uma única proposta: transformar o cursor de seu mouse em uma imagem engraçadinha, como o Bart Simpson, Dilbert ou outros milhares de ícones. Mas o Comet tinha outros hábitos não tão engraçadinhos assim.
Ele secretamente instalava-se no Internet Explorer quando você visitava certos tipos de sites ou instalava outros tipos de software, como o RealPlayer 7. Algumas versões “seqüestrava” o assistente de busca do IE ou travava o browser.
Apesar de a Comet insistir que o programa não era um spyware, milhares de usuários não concordavam. O Comet System foi comprado por uma companhia de publicidade pay-per-click chamada FindWhat em 2004.
17. O Macintosh “portátil" (1989)
Em 1989, a Apple ofereceu um Macintosh “portátil” de 10 centímetros de espessura com peso de 7,2 quilos. A bateria contribuía para o “peso leve” do notebook da Apple. Precisa dizer mais?
18. IBM Deskstar 75GXP (2000)
Rápido, grande e pouco confiável. Este disco rígido de 75 GB foi logo batizado de “Deathstar” (Estrela morta) pelo seu hábito de falhar e levar consigo todos os seus dados.
Depois de um ano de seu lançamento, a IBM enfrentou uma ação na Justiça, contra usuários que alegavam que perderam dados em razão do Deskstar. Em 2002, vendeu a sua divisão de discos rígidos para a Hitachi.
19. OQO Model 1 (2004)
O OQO Model 1 chama-se a si mesmo como “o menor computador XP do mundo”. E isso era uma grande parte do problema. Você precisava de um bom par de óculos para ler os ícones e textos em sua tela de 5 por 3 polegadas. O teclado era muito pequeno para acomodar, pelo menos, dois dedos adultos.
20. DigitalConvergence CueCat (2000)
Ele apareceu no final da bolha de internet. O CueCat tinha função de ajudar os leitores de revistas e jornais a achar os web sites de anunciantes (provavelmente porque aparentemente devia ser muito difícil digitar www.pepsi.com no seu browser).
A companhia por trás do equipamento, a DigitalConvergence, enviou cartas para milhares de assinantes de revistas e jornais. Os leitores tinham de conectar o equipamento a um computador, instalar alguns softwares, escanear o código de barras dentro dos anúncios e, dessa forma, irem para o web sites dos anunciantes. Outro “benefício”: a companhia usava o equipamento para juntar informações pessoais sobre seus usuários.
21. Eyetop Wearable DVD Player (2004)
Algumas coisas não foram feitas para se usar caminhando ou dirigindo e uma delas é assistir DVDs. Infelizmente, a mensagem não foi compreendida pela Eyetop.net, fabricante do Eyetop Wearable DVD Player.
O sistema compreendia um DVD player portátil acoplado a um par de óculos escuros com uma minúscula tela LCD de 320 x 240 pixels direcionada ao olho direito. A tela deveria simular um monitor de 14 polegadas, mas infelizmente, a única sensação que o Eyetop reproduzia era um certo enjôo.
22. Apple Pippin @World (1996)
Antes do Xbox, do PlayStation e do DreamCast, havia o Pippin, da Apple. O quê? É isso mesmo - a Apple tinha um console de games compatível com acesso à internet que era conectado à televisão. No entanto, o produto rodava em um processador PowerPC fraco e portava um modem de apenas 14,4 Kbps, o que o tornava estupendamente lento, tanto online como offline.
Para completar, o Pippin era baseado no sistema operacional Mac OS, e quase nenhum game estava disponível para esta plataforma. O console ainda custava 600 dólares - quase o dobro do preço dos concorrentes, mais poderosos.
23. PCs gratuitos (1999)
No final dos anos 90, empresas competiam para atrair a atenção dos consumidores aos PCs gratuitos. Tudo o que você precisava fazer era uma assinatura e então um microcomputador eventualmente apareceria na porta da sua casa. Entretanto, sempre havia uma pegadinha: você tinha de assinar um contrato de longo prazo com um provedor de acesso à internet, ou então tolerar uma enxurrada de anúncios online invadindo sua tela, ou ainda liberar suas informações pessoais à indústria.
A Free-PC.com deve ter sido a mais apavorante de todas. Primeiro, você preenchia um amplo cadastro incluindo dados como renda, bens, raça, estado civil e muito mais. Depois você tinha de passar pelo menos dez horas por semana no computador e pelo menos uma hora navegando na internet pelo provedor do Free-PC.
Em troca, você ganhava um PC básico Compaq Presario, com quase um terço da tela coberto por anúncios. Além disso, enquanto usava seu PC, a Free-PC o observava gravando todos os lugares por onde você surfava na rede, os softwares utilizados e sabe-se lá mais o que.
Não podemos dizer se a idéia levaria a algum tipo de Big Brother, porque um ano após o lançamento, a Free-PC.com se fundiu à eMachines. Neste período, outros fornecedores concluíram que o modelo do computador "grátis" não se pagava.
24. DigiScents iSmell (2001)
Em 2001, a DigiScents lançou o iSmell, um utensílio que plugado na porta USB de seu PC, emitia aromas adequados a determinados sites de produtos, como perfumes no Chanel.com, ou salgadinhos de queijo no Frito-Lay.com. Mas os internautas céticos torceram o nariz para a idéia, tornando o iSmell um belo exemplo de 'vaporware'.
25. Sharp RD3D Notebook (2004)
Como o primeiro notebook 3D "auto-estéreo", o RD3D da Sharp deveria mostrar imagens tridimensionais sem a necessidade de óculos apropriados. No entanto, o efeito real estava mais para "auto-enxaqueca". Quando você apertava o botão para ativar o modo 3D, a performance do notebook diminuía e o efeito era notado somente por um ângulo bem específico. Se o usuário movesse a cabeça, o visual desaparecia. Talvez os engraçados óculos 3D não fossem tão ruins assim.
| | Os 25 melhores produtos de tecnologia dos últimos 25 anos São Paulo - Para comemorar os 25 anos do IBM PC, revista faz seleção polêmica. Na lista, desde o browser Mosaic até o Windows 95. Você concorda?
O site norte-americano eWeek resolveu comemorar os 25 anos do lançamento do IBM PC, primeiro computador pessoal no formato como conhecemos hoje, listando os 25 produtos de informática mais úteis e inovadores do período.
Entre os equipamentos, softwares e serviços que compõe os 24 lugares conseqüentes à óbvia liderança do IBM PC, aparecem desde soluções domésticas, como o Windows 95, da Microsoft, e o processador 386i, da Intel, até aplicativos notadamente corporativos, como o Lotus Notes e a plataforma Apache.
De acordo com os editores da publicação online, foram listados as melhores idéias e projetos que inovassem a computação corporativa durantes estes 25 anos e oferecessem desafios para que a evolução continuasse no futuro.
Veja também a lista com os 25 piores produtos de tecnologias de todos os tempos, elaborada pela revista PC World.
Confira a listagem e veja se você concorda com o ranking:.
1. PC IBM
Com uma marca que se denominava “máquina de negócios” e uma arquitetura aberta que convidava inovações de outras empresas, o PC da IBM transformou a indústria de tecnologia.
2. Navegador Mosaic
Com influência fora da proporção pelo número de usuários acumulados, o navegador Mosaic lançou a era do conteúdo para browsers e a ampla adoção da crescente linguagem reprogramável.
3.Apache
Arquétipo de processo e de sistema de código aberto na internet como conhecemos, o Apache é tanto um projeto em desenvolvimento e uma incubadora para inovações futuras.
4. Processador Intel i386
Definindo um padrão 32-bits e pavimentando o caminho para a virtualização do hardware de desktops em plataformas com múltiplas tarefas, o i386 ainda tem sua sombra (como uma benção) sobre os PCs atuais.
5. Processador XNS
Antes do Netware, da Novell, do Vines, da Banyan, e do 3+, da 3Com, existia a fundação Xerox que “pariu” incontáveis tecnologias no “Ano do LAN”.
6. Kernel do Linux
Se o fenômeno do Linux precisasse ou não ser chamado de “GNU/Linux”, o pequeno kernel que ganharia o nome catalisou uma revolução desdobrada em tecnologia, processo corporativo e mercado.
7. Virtualização VMware x86
Construídos nas fundações técnicas da Intel,o VMware trouxe novos níveis de gerenciamento para tecnologias baseadas no PC e redefiniu o centro de dados corporativo.
8 . Apple Macintosh
Utilizando-se da amigável interface WIMP desenvolvida pela Xerox e dando suporte a ela com softwares inventivos e hardware elegante, o Mac original ainda é a essência da computação moderna.
9. PGP
Colocando fortes ferramentas de encriptação nas mãos de qualquer homem, o PGP serviu para enterrar os medos de que a encriptação por usuários comuns seria para sempre uma verdade inconveniente.
10. Portátil Compaq
Mesmo que seus 15,4 quilos possam ser culpados por muitos problemas de coluna, o Compaq Portable criou o moderno escritório ambulante.
11. Adobe PDF e Acrobat
Com inspiradas inovações na plataforma de renderização independente de conteúdo formatado, as tecnologias e ferramentas de PDF da Adobe liberam usuários e processos corporativos dos limites do papel.
12. Lotus 1-2-3
Com suas inovações na interface a usuários, que permitiu o nascimento de processos “veja-e-sinta”, e com um código rápido e limitado que impunha restrições aos padrões à “compatibilidade IBM”, o Lotus 1-2-3 era constantemente um argumento convincente para a compra do primeiro PC.
13. Cisco IOS
A poderosa plataforma programável da Cisco iniciou um processo de dramático crescimento na inteligências das redes.
14. Ashton-Tate dBase II
Com rigor suficiente para tornar um banco de dados útil e capacidade de programação suficiente para construir novas soluções rapidamente, o dBase II levou à substituição de muitos minicomputadores por PCs.
15. Palm Pilot
Com quase toda o minimalismo no estilo Zen da complexidade tanto de software como de hardware, o Palm Pilot não era mais do que usuários precisavam, era exatamente o que eles precisavam.
16. Roteadores 802.11 Linksys
Amplamente usados, espertamente hackeados e facilmente pagos e instalados, hardwares de redes sem fio da Linksys energizaram o tsunami de redes wireless.
17. Shiva LANRover
Único produto de seu setor sem qualquer sombra de dúvida, o LANRover, da Shiva, ainda é um valioso exemplo de tecnologia VPN que tornou redes públicas aptas para transações privativas.
18. Phoenix BIOS
O gargalo de um PC “compatível com a plataforma IBM”, a BIOS, da Phoenix, abriu a porteira para desktops clones.
19. Red Hat Linux
Alimentando um modelo de negócios com e energia da revolução Linux, a Red Hat serviu como uma prova de verdade das vantagens do uso do código aberto no ambiente corporativo.
20. Microsoft Visual BASIC
Reinventando a experiência do programador em construir aplicações interativas, o Visual BASIC pavimentou o caminho para a dominação esmagadora do Windows.
21. Network General Sniffer
Chamado de “os lenços Kleenex das análises de redes” pela revista online, o Sniffer, da Network General, definiu o gênero no setor.
22. Lotus Notes
Talvez ainda o melhor exemplo de demonstração de como montar um grupo colaborativo, o Lotus Notes pode ser alavancado novamente após seu criador, Ray Ozzie, ser escalado para substituir Bill Gates, na Microsoft.
23. Microsoft Windows 95
Mesmo com seu batom de 32-bits na boca do porco do DOS de 16-bits, o Windows 95 colocou o mundo da internet online como principal ambiente de computação no desktop do usuário.
24 . Microsoft Office
Juntando os anteriormente separados mercados de editores de texto, planilhas e bancos de dados, o Microsoft Office levou adiante a sinergia para usuários – e para escritores de malware.
25. Nessus
Se a primeira geração de computadores se focava em potência, a segunda geração é tão centrada quanto em proteção – e o Nessus oferece defesa de alto nível para o usuário final nem tão informado.
| | Os 25 melhores computadores pessoais de todos os tempos São Francisco - O IBM PC acaba de fazer 25 anos e a PC World/EUA elegeu os 25 melhores computadores pessoais de todos os tempos.
Lançado em 12 de agosto de 1981, o IBM PC está longe de ser o primeiro computador pessoal da história – mas, quando chegou ao mercado, havia uma expectativa geral de que ele seria um divisor de águas no mundo da informática. E ele foi mesmo. Nenhuma característica em particular torna um computador especial. Mas, quebramos a cabeça para definir algumas qualidades que fazem uma máquina se sobressair no mercado. São quatro conceitos:
• Inovação: O PC em questão fazia algo que era genuinamente inédito? Ele incorporava a mais nova tecnologia de sua época?
• Impacto: Foi massivamente copiado? Tornou-se um ícone de seu tempo?
• Design: Tinha um visual bacana? Possuía funções inteligentes que tornavam seu funcionamento mais prazeroso?
• Diferenciais: Havia lago que o separava dos outros PCs disponíveis no mercado?
Apenas para aguçar a sua curiosidade, começaremos a lista do último lugar em direção ao grande vencedor. Prepare-se para um grande tour pela sua memória tecnológica.
25 - Kaypro II (1982)
O Kaypro II, da Non Linear Systems, pode não ter causado um grande frisson quando foram lançados no final de 82, mas são um clássico caso de produtos que apareceram na hora e local certos. Mais do que o Osborne (que foi pioneiro no conceito de computador fácil de transportar), ele agradou a um crescente grupo de usuários pouco experientes, que estavam acordando para os benefícios da computação pessoal e não tinham como pagar as centenas de dólares pedidos por um Apple ou IBM PC e seus periféricos e softwares necessários. Batizado em homenagem ao fundador da Non Linear Systems Inc. (NLS), Andrew Kay, o Kaypro II - e sua série de sucessores ao longo dos anos, inclusive o 4 e o 2x – era uma alternativa de preço moderado. Quando foi lançado, o Kaypro II custava US$ 1.795 e, assim como o Osborne, vinha com todos os softwares de produtividade necessários (processador de texto e planilhas) para a maioria de seus compradores. Com um gabinete nas cores cinza e azul-metalizado, o Kaypro tinha design básico e utilitário. Você podia acoplar o teclado sobre o seu monitor e carregá-lo como uma mala. Mas, pesando cerca de 11 kg era uma bagagem um tanto pesada. A linha Kaypro também representou o último suspiro do sistema operacional CP/M – no meio da década de 80, o MS-DOS já começava a se tornar unanimidade entre a computação pessoal no mundo fora da Apple.
“O preço acessível da linha Kaypro e sua “portabilidade” o tornava muito popular entre os jornalistas, incluindo eu mesma. Em 1984, lembro de ter investido US$ 1.600 na compra de um Kaypro 2x – o meu primeiro PC. Um ano e pouco depois, me tornei crítica de TV para um jornal e recebi um Smartmodem Hayes, que me possibilitava transmitir eletronicamente meus reviews direto de casa (este modem também foi minha introdução ao universo da computação online). Eu acabei utilizando aquele Kaypro e o modem Hayes até 1992, quando juntei dinheiro para comprar o meu primeiro clone do IBM. Desde então, nunca mais usei o mesmo PC por tanto tempo.” – Yardena Arar, editora da PC World EUA.
24 - Toshiba Qosmio G35-AV650 (2006)
Com o passar dos tempo, os PCs passaram a contar com sofisticadas funções de entretenimento. O primeiro notebook realmente capaz de entreter o usuário e que nos chamou a atenção foi o Toshiba Qosmio que, aliás, continua a inovar mesmo após dois anos de seu lançamento. A mais nova interação não apenas supera o já imaginativo design de seus antecessores, como o torna o primeiro notebook a ter, integrado, um drive ótico de blue-ray – no caso, HD DVD – que lhe permite reproduzir imagens em alta definição.
A atual geração, a 3ª da linha Qosmio, traz uma série de funções que o tornam tão versátil a ponto de fazer bonito tanto na sala de casa, quanto no escritório. Este estiloso notebook pesa pouco mais de 4 quilos e, ao preço de US$ 2.999, possui uma porta HDMI para que você o conecte a um HDTV. Ele também roda o Windows XP Media Center e vem com sintonizador de TV e controle remoto – assim, serve como DVDR. A tela wide-screen de 17 polegadas se alimenta de duas lâmpadas, ao invés de uma, o que lhe confere mais brilho do que seus concorrentes. O sistema ainda é equipado com um amplificador digital de 1-bit, falantes da marca Harman/Kardon e preparação para formato Dolby Home Theater.
“Desde a primeira vez em que resenhei o Qosmio, já gostei de sua atraente combinação de visual e design. Minhas mãos são grandes e, mesmo assim, não tive problemas na navegação com o notebook. Também adorei seu monitor de alta-resolução, com bastante luminosidade. O LCD proporciona boa visualização quando estou trabalhando em planilhas e sua impressionante capacidade audiovisual o torna excelente para os momentos em que quero relaxar” – Danny Allen, editor da PC World EUA.
23 - Apple eMate 300 (1997)
Durante as últimas três décadas, a Apple Computer lançou diversos computadores que tiveram grande impacto no mercado. Aqui, você vê um que quase passou despercebido durante o seu curto período de vida – à exceção de uma pequena participação no filme Batman & Robin, onde era o computador da Batgirl intrepretada por Alicia Silverstone. Mesmo com essa breve existência, nós o adoramos.
Ao preço de US$ 799, o eMate era um computador único, no mais amplo sentido da palavra. A começar por seu público-alvo: as crianças em idade escolar. Ele rodava um sistema operacional desenvolvido para PDAs (o Newton OS, da Apple) e não possuía disco rígido, mas tinha suporte para uma caneta especial. Por fora, lembrava vagamente um notebook e seu design era muito particular, parecendo saído das pranchetas do ilustrador H.R. Giger, de filmes de ficção-científica como a série Alien.
O eMate atraiu um público cult entre os usuários corporativos. Mas Steve Jobs, que logo após o seu lançamento retornara ao comando da Apple, não morria de amores pela máquina e, com menos de um ano de vida, abortou a fabricação do eMate – por sinal, junto com toda a linha Newton. Agora, quase uma década depois, o eMate parece o exato modelo de computador educacional inovador e acessível que o mundo todo quer. Uma pena que tenha tido existência tão breve.
22 - Hewlett-Packard 100LX (1993)
O 100LX da HP não foi o primeiro pocket PC do mercado, mas é o que melhor fazia jus ao nome da categoria. Por US$ 749, o 100LX conseguia “espremer” uma porção de funções dentro de sua diminuta estrutura. Tinha teclado QWERTY (com um teclado numérico separado), display monocromático de 80 por 25 caracteres e software Lotus 1-2-3 instalado. Além disso, ainda rodava o DOS 5.0 que o tornava compatível com dezenas de programas populares.
A sucessora versão 200LX, levemente melhorada, também foi bem aceita. Porém, ao lançar a versão 3000LX, a companhia teve a má idéia de trocar o DOS pelo Windows CE. Desta forma, perdeu-se a compatibilidade com muitos softwares e isso fez com que muitas pessoas continuassem a usar, até hoje, as versões prévias deste pocket PC.
21 - Alienware Area-51 (1998)
Desde que existem PCs, existem usuários de games no PC. Em 1996, a empresa Sakai mirou neles sua estratégia de mercado. “Acreditávamos que podíamos vender PCs para gamers, que podíamos focar num nicho de pessoas como nós, que gostavam de jogar games no computador”, lembra o co-fundador da companhia, Nelson González. Em 1997, a empresa foi rebatizada como Alienware e lançou sua primeira máquina gaming, a The Blade, com uma placa acelerador de vídeo 3D.
Em 1998, o modelo evoluiu para a plataforma Area-51, com chip Intel (um ano depois chegaria o Aurora, alternativa com chip AMD). Ele trazia o melhor hardware para gaming, incluindo três placas de vídeo (um 2D, mais dois 3D adicionáveis com o chip 3Dfx, da Voodoo) e duas placas de som (um Sound Blaster 16 para jogos antigos e um novíssimo Diamond Monster Sound Card, que aproveitava as funções DirectX disponíveis, como o posicionamento 3D). Na época, o Area-51 custava US$ 3.799. Em 2000, a empresa adicionou ainda uma série de cores ao design, que se mantinha o mesmo. Apenas em 2003 é que o fabricante lançou o corrente visual do sistema, chamado de “Predador”.
Os sistemas da Alienware, sempre inovadores, influenciaram todo o mercado de PCs e deram fôlego ao segmento de gaming PCs (hoje, até mesmo a Dell e a HP produzem sistemas do gênero). A empresa foi comprada pela Dell no ano passado e continua a refinar sua produção e a se manter criando tendências. Em maio de 2006, elegemos o Alienware Aurora 7500 como um dos Top 100 produtos do ano e em julho, a companhia lançou uma CPU com desenho em real estilo alienígena.
20 - Gateway 2000 Destination (1996)
Desde que existem PCs, existem usuários de games no PC. Em 1996, a empresa Sakai mirou neles sua estratégia de mercado. “Acreditávamos que podíamos vender PCs para gamers, que podíamos focar num nicho de pessoas como nós, que gostavam de jogar games no computador”, lembra o co-fundador da companhia, Nelson González. Em 1997, a empresa foi rebatizada como Alienware e lançou sua primeira máquina gaming, a The Blade, com uma placa acelerador de vídeo 3D. Em 1998, o modelo evoluiu para a plataforma Area-51, com chip Intel (um ano depois chegaria o Aurora, alternativa com chip AMD). Ele trazia o melhor hardware para gaming, incluindo três placas de vídeo (um 2D, mais dois 3D adicionáveis com o chip 3Dfx, da Voodoo) e duas placas de som (um Sound Blaster 16 para jogos antigos e um novíssimo Diamond Monster Sound Card, que aproveitava as funções DirectX disponíveis, como o posicionamento 3D). Na época, o Area-51 custava US$ 3.799. Em 2000, a empresa adicionou ainda uma série de cores ao design, que se mantinha o mesmo. Apenas em 2003 é que o fabricante lançou o corrente visual do sistema, chamado de “Predador”. Os sistemas da Alienware, sempre inovadores, influenciaram todo o mercado de PCs e deram fôlego ao segmento de gaming PCs (hoje, até mesmo a Dell e a HP produzem sistemas do gênero). A empresa foi comprada pela Dell no ano passado e continua a refinar sua produção e a se manter criando tendências. Em maio de 2006, elegemos o Alienware Aurora 7500 como um dos Top 100 produtos do ano e em julho, a companhia lançou uma CPU com desenho em real estilo alienígena.
Voltando a 1996, quando convergência de dados era uma palavra mais fantástica do que real, a Gateway 2000 (atualmente, apenas Gateway) lançava um sistema que seria o precursor dos atuais PCs tudo-em-um. Quando chegou ao mercado, o Destination tinha preços que iam de US$ 3.499 a US$ 4.699 - um valor alto, mas que trazia um sistema à frente de seu tempo. O Destination combinava um monitor CRT de 31 polegadas com um PC multimídia, unificando todos os equipamentos de entretenimento do usuário.
O PC em si era preto e quadradão, praticamente do tamanho de dois vídeos-cassete empilhados. Vinha com teclado sem fio, controle remoto, tuner de TV e falantes de som surround. Assim como nos DVRs de hoje, você podia assistir televisão nele – mas não conseguia gravar a programação no HD.
Ao lado de outros pioneiros PCs Media Center como o PC Theatre, da Compaq e RCA, o Destination atraiu muita atenção, mas não conseguiu marcar presença nas salas de estar. De qualquer forma, se tornou popular no meio escolar e corporativo como uma versátil máquina de apresentações. Em 2002, sua idéia inicial reapareceu com o lançamento do Windows XP Media Center, da Microsoft.
19 - Apple iMac, Second Generation (2002)
A primeira geração do iMac, lançada em 1997, talvez tenha sido a máquina que espalhou a palavra de que a Apple e seu fundador Steve Jobs estavam mesmo de volta aos bons tempos. Mas, foi a sua segunda geração que se tornou a mais influente, trazendo um computador muito mais inventivo e diferente. Um ponto alto na história do design de computadores pessoais.
Com base em formato circular e uma tela flat que parecia flutuar apoiada num pequeno braço de metal, este iMac era, literalmente, um computador diferente de tudo o que já havia sido lançado. Seu visual amigável lembrava as formas da luminária Luxo Jr; aquela mascote que aparece nas aberturas das animações da Pixar (outra companhia de propriedade de Jobs).
O design era legal, economizava espaço e proporcionava uma ajustabilidade invejável para a sua tela. Mas, este iMac não durou muito tempo. Em 2004, foi substituído por outro modelo totalmente novo, que embutiu o computador na parte de trás do monitor flat. O design atual pode ser até mais elegante do que o seu antecessor, mas faz sentir saudades da elegante exuberância visual da segunda geração do iMac.
18 - Hewlett-Packard OmniBook 300 (1993)
O inovador OmniBook 300 não foi apenas um dos primeiros subnotebooks a aparecer – ele tinha um dos mais inovadores designs de hardware já vistos. Pesando 1,3 kg, o sistema podia armazenar softwares como oWindows 3.1, Word 2.0 e MS-DOS 5.0 tanto na memória quanto no HD. Isso o possibilitava se iniciar quase que instantaneamente. A unidade de armazenamento também impressionava, com um hard disk PCMCIA de 40 MB ou cartão tipo flash de 10 MB.
Produtividade era uma das grandes vocações da máquina, com preço inicial de US$ 1.950. A unidade vinha com LapLink Remote Access, ferramentas organizacionais da HP (contatos, compromissos e calculadora científica, como no HP 100 LX), e permitia o acesso do usuário a qualquer uma destas funções com o simples apertar de um botão. Além disso, também tinha um curioso mouse integrado de plástico, localizado à direita do laptop – esta item eliminava o chatíssimo cabo do mouse, mas o tornava muito pequeno e de difícil manuseio.
Devido a sua CPU 386 SXLV, tela VGA monocromática de 9 polegadas e respeitável capacidade de memória, era de se esperar que a HP desse ao notebook uma bateria com extensa vida útil – ele tinha mais de 9 horas de autonomia para a versão flash-disk de 10MB (que, em emergências, podia funcionar com baterias AA, fato inédito para PCs com teclado).
Apesar do eficiente conjunto, em especial para um laptop do seu tempo, o OmniBook não decolou. Hoje, porém, vemos no mercado drives de memória flash, como os novos Samsung 16 GB e 32 GB. Engraçado notar que na vida, tudo é cíclico.
17 - Toshiba T1000 (1987)
O popular T1000 rodava o DOS em um tamanho realmente portátil. Media 30 x 5 x 27 cm e pesava menos de 3 quilos – leve em comparação a seus concorrentes, que tinham o tamanho de valises e ainda a menos do que o Datavue Spark (seu maior rival). Além disso, era mais barato que a maioria dos laptops disponíveis no mercado.
O rígido design incluía um teclado de 82 teclas, um drive de disquete de 720 KB e 3,5 polegadas, 512 KB de memória RAM e um modem interno. A unidade armazenava o MS-DOS 2.11 em ROM – o que eliminava a necessidade de se ter dois drives de disquete, como tinham os concorrentes, e também o tornava apto a rodar certos softwares como o WordPerfect Executive.
Para conseguir um produto com este atraente tamanho e preço, a Toshiba teve de sacrificar um pouco a CPU e a performance da bateria. Ainda assim, o modelo alçou a Toshiba para a linha de frente da computação móvel e abriu caminho para um próxima onda de notebooks, incluindo o 18º lugar desta lista, o HP OmniBook 300.
16 - Tandy TRS-80 Model I (1977)
Inferior ao contemporâneo Apple II, o Tandy TRS-80 Model I merece estar nesta lista porque foi o primeiro computador realmente voltado para as massas. Mais de 200 mil unidades destas máquinas monocromáticas foram vendidas pela pioneira rede norte-americana Radio Shack, que já era grande nos EUA mesmo antes de lojas de informática serem conhecidas.
Por US$ 600, a primeira versão do TRS-80 oferecia mínimos 4 KB de RAM, uma versão bem rudimentar da linguagem BASIC e armazenava seus programas em estranhas fitas cassette. Assim como em outros PCs de seu tempo, a melhor forma de torná-lo produtivo era pôr a mão na massa e desenvolver o seu próprio programa. “Constatar que o programa que você fez, funcionava, era uma satisfação indescritível”, relembra Craig Landrum, proprietário de um destes computadores.
Com o passar do tempo, o Model I ganhou mais memória, drives de disquete e outros upgrades, além de uma vasta biblioteca de softwares. Assim, seu sucesso possibilitou o surgimento do portátil TRS-80 Model 100 (o 8º lugar desta lista). Os PCs TRS-80 foram os primeiros a ser capas de revistas dedicadas a computadores (hoje eles estão impressionantemente documentados no site de Ira Goldklang, o TRS-80.com - em inglês).
15 - Shuttle SV4 Barebone System (2001)
Por muitos anos, os PCs nada mais foram do que grandes e pouco atraentes caixas beges. Mas em 2001, a Shuttle apareceu com um sistema de design compacto que surpreendia pelo montante de funções que comportava. Suas dimensões eram realmente diminutas. A ‘caixa’ media 26 x 19 x 17 cm e seus componentes eram impressionantemente encaixados. Para se ter uma idéia do quão pequena era esta máquina, você pode checar o review do site Anandtech.com (em inglês). http://www.anandtech.com/showdoc.html?i=1572
O SV24 Barebone System custava US$ 250 e oferecia o básico: uma compacta placa-mãe Flex ATX com gráficos e áudio integrados e uma fonte de 150 watts, também alojada dentro de sua pequena estrutura em alumínio. O resto (processador, memória, etc.) era com você. Apropriado para uso em casa ou no escritório, este pequeno sistema inspirou uma série de rivais, todos querendo bater sua bela combinação de tamanho, funcionalidade e estilo.
Atualmente, a Shuttle não só oferece PCs barebone como vende computadores pessoais inteiramente equipados, como o XPC G5 2100. A marca é célebre por seus modelos compactos que unem performance e economia de espaço.
14 - Atari 800 (1979) Dois anos após o lançamento de seu primeiro console de videogame, a Atari invadiu o mercado de PCs. De muitas formas, o Atari 800 redefiniu as expectativas quanto ao que um computador pessoal poderia apresentar em matéria de gráficos e som.
Metade máquina de games, metade sistema de produtividade, o Atari 800 custava US$ 999 e foi o primeiro PC a apresentar um co-processador de vídeo somado a sua CPU (que tinha os mesmos 8 bits 6502 usados no Apple II). Esta combinação permitia o Atari 800 a gerar 128 cores na tela (256 nas versões seguintes). O sistema podia também exibir, ao mesmo tempo, quatro objetos programáveis na tela - o que possibilitou o surgimento de games como o Star Raiders. Além disso, tinha um chip que produzia som de qualidade superior.. Dois slots ficavam disponíveis para games em cartucho e outros aplicativos e o sistema vinha com quatro joysticks.
Enquanto a Atari substituía seus PCs de 8 bits pela linha ST 16 bits, o designer Jay Miner, que liderou o time por que desenvolveu os vídeo chips do Atari 800, partia para capitanear o grupo que iria desenvolver o sistema gráfico do Commodore Amiga 1000.
“Como muitos de minha idade, eu quis um Atari 2600 para jogar games. Mas minha mãe pensou que seria uma idéia melhor comprar algo mais educativo, portanto minha família decidiu-se pelo Atari 800. E assim se passaram muitas noites (educativas, é claro) de partidas disputadas entre eu e meu pai em games como Star Riders, Missile Command e Pac-Man. Mas o Atari 800 não servia apenas para se jogar games. Eu utilizava o meu para aprender a linguagem BASIC e elaborar trabalhos de escola. Por anos, minha memória guardou os códigos de controle do AtariWriter para itálico e negrito (similares a HTML). E pensar que minha mãe nem podia imaginar o quanto me influenciou quando fez aquela decisão” – Melissa J. Perenson
13 - IBM Personal Computer/AT Model 5170 (1984)
Três anos após o lançamento do primeiro IBM PC, o PC/AT marcou tanto uma revolução quanto uma evolução na computação pessoal. A revolução veio sob a forma de especificações poderosas, e a evolução veio no novo design do sistema (e não estamos falando de sua grande e barulhenta caixa bege). Bingo! Estava lançado mais um hit da IBM - apesar desta também ter se tornado a última máquina da empresa a servir de padrão para toda a indústria (um ano mais tarde, a Compaq e seu Desktop 386 poriam fim ao reinado inovador da IBM).
Por US$ 5.295, o PC/AT foi o primeiro sistema a utilizar a CPU 802086, da Intel (primeiramente, um modelo de 6 MHz, depois um de 8 MHz). Ele também trazia um HD de 20 MB (ou mais) que era mais veloz e tinha o dobro da capacidade do HD original do PC XT; utilizava o IBM PC-DOS 3.0 que suportava disquetes de alta densidade e 1.2 MB (5,25 polegadas); e vinha com bateria integrada à placa-mãe para abastecer seu relógio. O teclado, no entanto, introduziu um layout utilizado até hoje, incluindo teclado numérico (com teclas para cursor) e teclas de funções específicas. O sistema podia, ainda, exibir gráficos avançados com seu adaptador opcional de 16 cores Enhancer Graphics Adapter (EGA) ou 256 cores com o Professional Graphics Controller.
Tal qual muitas siglas de PCs, AT significava algo – e não, nada tinha a ver com os AT-AT walkers que aparecem em StarWars: O Império Contra-Ataca. O termo era uma abreviação para Advanced Technology.
12 - MITS Altair 8800 (1975)
Historiadores ainda não estão 100% certos de que o MITS foi mesmo o primeiro computador pessoal (outros candidatos ao titulo são o Kenbak-1 e o Micral-N). Inegável é o fato de que ele foi “a primeira máquina que realmente capturou a imaginação dos geeks de forma grandiosa”, diz Erik Klein, do site Vintage-Computer.com. “O fato é que outras companhias rapidamente resolveram tirar uma lasca desse nicho e adentraram o mercado de computadores pessoais. Isso só prova o seu poder e importância”.
O Altair começou custando US$ 397 e era vendido num kit estilo “faça você mesmo” – nada mais do que uma caixa, uma placa, uma CPU 8080 da Intel (comprada pela MITS a preços de barganha) e 256 bytes de memória RAM. Primeiramente, você tinha de programá-lo acionando pequenas chaves, depois, Bill Gates e Paul Allen abririam uma pequena companhia chamada Micro-soft (sim, com hífen!) e lançariam uma versão da linguagem BASIC que melhorava bastante este procedimento.
O software de Bill Gates não era a única coisa que Altair tinha em comum com os sistemas atuais. Muito da infra-estrutura de que os PCs de hoje desfrutam, se iniciou para dar suporte ao Altair – dos fabricantes de drivers de disquetes aos desenvolvedores de software, passando por lojas de informática. Ele teve até mesmo clones, como o popular IMSAI 8080.
O tempo do Altair como plataforma dominadora do mercado foi breve e em 1978 sua fabricação foi abortada. Mas ele deixou um legado e tanto.
11 - Sony VAIO 505GX (1998)
No final de 1997, a Sony introduziu o VAIO PCG-505 no mercado japonês, provando não apenas que a sua fina espessura era uma tendência, mas mostrando que isso não comprometia seu desempenho. O PCG-505 media apenas 2,3 cm – inacreditavelmente fino para a época – e pesava apenas 1 quilo e meio. Quando este notebook chegou ao mercado norte-americano sob o nome de Sony VAIO 505 GX, na segunda metade de 98, ele desencadeou uma revolução no segmento de ultra portáteis.
O 505GX não tinha preço acessível. Mas, por US$ 2.699 ele trazia uma boa funcionalidade para um notebook compacto, incluindo um espaçoso e confortável teclado de 25 cm (2,5 cm maior que seus concorrentes diretos). Na versão japonesa, o 505 GX vinha com especificações como uma CPU Pentium MMX-266 e um modem de 56 kbps. Em testes realizados pela PC World na época, sua bateria de íon de lítio durou aproximadamente 4 horas e 40 minutos, o que classificamos como “satisfatório”.
A Sony continuou a linha 505 com sucessores como o X505 e seus ultra portáteis atuais, como a linha TX, ainda mantém características originais do design do 505 GX.
10 - Apple Powerbook 100 (1991)
Se o seu primeiro portátil não foi um sucesso, resista e tente de novo, de novo e de novo. Esta lição foi seguida à risca pela Apple, que lançou o PowerBook 100 como um sucessor para o notoriamente péssimo Mac Portable – máquina que figurou em nossa lista dos 25 piores produtos de tecnologia de todos os tempos.
Ao lado dos poderosos PowerBook 140 e 170, o 100 custava US$ 2.500 e apresentou duas inovações que logo foram abraçadas pelo resto da indústria: a localização do teclado (mais próxima da tela, o que deixava uma área considerável de descanso para os pulsos, tornando o ato de digitar menos cansativo) e, no centro do sistema, no lugar do mouse, uma grande TrackBall. Estas eram apenas duas das mais destacáveis invenções de um laptop que segundo o livro Apple, de Jim Carlton, conseguiu tirar a companhia da lanterninha e colocá-la na pole position do mercado de portáteis.
O PowerBook 100 – que, aliás, era fabricado pela Sony – teve sua produção descontinuada em 1992. Mas a linha PowerBook prosperou e só foi extinta em 2006, quando o último PowerBook foi definitivamente substituído pela linha MacBook.
9 - Columbia Data Products MP C 1600-1 (1982)
Quando a IBM criou o seu primeiro PC, utilizou uma CPU Intel 8088, peças de vários fabricantes e o Microsoft DOS. Isso, na época, significou que outras companhias poderiam produzir computadores pessoais no mínimo competitivos em relação ao IBM PC. O primeiro destes ‘rivais’ foi da Columbia Data Systems.
Ao preço de US$ 2.995, o MPC (sigla para Multi Personal Computer) tinha o dobro da memória RAM do IBM PC, mais slots e portas para expansão e dois drivers de disquetes, ao invés de apenas um. Na época, Fred Conte, da Columbia, disse à revista InfoWorld que não ambicionava disputar mercado em pé de igualdade com a Big Blue (célebre apelido da IBM). “Este é um segmento multibilionário. Se conseguirmos nos fixar em uma pequena porcentagem – 2 a 3 por cento – já nos consideramos satisfeitos”, declarou.
O PC da Columbia logo ganhou uma porção de concorrentes. Na feira Comdex, de 1982, houve uma enxurrada de clones IBM. E foram tantos que, na mesma feira, um comunicado avisava sobre o lançamento da primeira revista dedicada aos “PCs de segunda geração da IBM e seus compatíveis”. O nome desta publicação você sabe bem qual é: PC World. Isso aconteceu nos EUA, aqui no Brasil a PC World começou a ser publicado em 1992.
Em meados da década de 80, a Columbia quebrou, e apesar de ainda existir atualmente, não fabrica PCs há um bom tempo. Apesar disso, quando produziu o clone que outros clonaram, ajudou a estabelecer o padrão de plataforma Intel-Microsoft em vigor até hoje.
8 - Tandy TRS-80 Model 100 (1983)
Apesar de não ter sido o primeiro notebook de todos – título que o esquecido HX-20, da Epson, carrega – o Tandy Model 100 foi o primeiro a ‘pegar’ (o mesmo não pode ser dito sobre a denominação que a Tandy deu a ele: MEWS, de Micro Executive Work Station).
Em tempos onde a maioria dos “computadores portáteis” eram caixotes pesadíssimos, o Model 100, pesando 1,5 kg, era mesmo do tamanho desejável para um notebook, o quê significava que poderia ir a locais onde os computadores jamais haviam chegado. Além disso, o sistema trazia uma tela de 2 x 7.5 polegadas que podia exibir 40 caracteres e oito linhas de texto; um teclado em tamanho real, que até hoje impressiona; softwares já instalados para edição de textos e visualização de planilhas; e um modem de 300 bps que se conectava a serviços como o CompuServe.
Variações do Model 100 incluíram o Model 200, de 1984, que introduziu o design ‘concha’ - adotado por todo notebook desde então. Sua importância pode ser exemplificada pelo fato de que até o começo dos anos 90, muitos jornalistas ainda trabalhavam com estes sistemas – e, até hoje, sites como o Club 100 (em inglês) continuam a ajudar os que ainda os utilizam.
7 - Commodore Amiga 1000 (1985)
O Commodore 64 talvez tenha sido o maior best-seller de seu tempo, mas seu sucessor, desenvolvido por uma companhia do Vale do Silício adquirida pela Commodore, era um computador muito melhor. Anos à frente de seu tempo, o Amiga foi o primeiro PC multifuncional e multimídia (veja um de seus primeiros comerciais no YouTube.
Por US$ 1.500 (sem monitor), o Amiga vinha com a mesma CPU 68000 da Motorola utilizada no Apple Macintosh. Mas sua maior inovação eram os três co-processadores – que permitiam ao Amiga reproduzir gráficos e sons estonteantes para seu tempo. Seu principal processador de vídeo (chamado de Denise) ajudava o Amiga exibir animações em 3D, reproduzir de vídeos e sintonizar TV anos antes de outros PCs. O chip estéreo de quatro vozes (batizado de Paula) o dava a habilidade de pronunciar palavras e produzir sons mais realistas do que o famoso chip SID do Commodore 64, e inspirou o lançamento do SoundTracker, o primeiro programa seqüencial de música.
O Amiga original foi rebatizado de Amiga 100 quando, em 1987, foi substituído pelo Amiga 500 e 2000. Mais tarde, foram lançados outros produtos baseados em sua linha, como a torre Amiga 4000T e o console gaming CD32. Em 1994, a Commodore declarou falência e a marca Amiga e suas linhas pularam de mão em mão nos anos seguintes. Interações mais modernas, como o Vídeo Toaster, da NewTek, e o software LightWave 3D, continuam até hoje sendo largamente utilizadas para fins televisivos e cinematográficos.
“Em 1987, eu estava meio decepcionado com os PCs – até que eu entrei no meu primeiro emprego, que ficava próximo a uma loja de informática chamada The Memory Location. Quando entrei nesta loja, vi um Amiga 500 mostrando tudo o que eu sempre esperei de um PC - e o que ele podia fazer era impressionante, já que muitos IBM PCs da época não podiam nem ao menos exibir cores. Eu lembro de ter economizado meu salário para poder comprar um Amiga que utilizei por muito tempo, até que a IBM aparecesse com coisas melhores (o que levou alguns anos)”. - Harry McCracken, PC World EUA
6 - IBM Personal Computer, Model 5150 (1981)
Muitos momentos importantes na história do PC não foram percebidos desta forma quando ocorreram (e, de fato, não havia razão para tanto quando dois caras chamados Steve resolvem montar uma fábrica de computadores e a batizam com nome de uma fruta). Mas, quando uma companhia que já era sinônimo de computadores anunciou o lançamento de seu primeiro PC, em 12 de agosto de 1981, todo mundo percebeu que aquele seria um divisor de águas na história tecnológica mundial.
Moderno e bem atualizado, o mais interessante com relação ao IBM PC Model 5150 era sua CPU: uma Intel 8088, um poderoso processador de 16-bit numa época em que a maioria dos modelos populares ainda utilizava CPUs com ‘básicos’ 8-bit. A IBM oferecia o sistema com diversas funções operacionais, incluindo o então querido sistema operacional CP/M (chamado de algo como P-System) e um outro sistema que a IBM nomeou como PC-DOS, mas que muitos irão se lembrar como MS-DOS devido ao bem executado marketing da Microsoft – na verdade, a versão da MS era baseada em um produto chamado QDOS (Quick and Dirty Operational System), de uma pequena produtora de Seattle.
Cerca de 18 meses após seu lançamento, o 5150 já era o centro de um “biosistema tecnológico”, com disponibilidade de diversos hardwares opcionais, softwares de outras companhias, clones, livros e revistas dedicados a ele. Alguns dos PCs da IBM que lhe sucederam foram hits e outros, fiascos, mas acima destes julgamentos ficou creditado a este computador o rótulo de embrião de quase todos os computadores atuais.
5 - IBM ThinkPad 700C (1992)
Anunciado na Comdex de 1992, o IBM ThinkPad 700C estabeleceu uma nova era para os notebooks: agora, eles podiam ser não apenas úteis, mas também estilosos. O primeiro ThinkPad era vendido na cor preta e tinha seu inovador TrackPoint vermelho localizado no meio teclado. Tudo isso, num tempo onde outros notebooks eram caixas pesadas, beges ou cinzentas, e que tinham desagradáveis trackballs penduradas em suas estruturas ou pessimamente localizadas ao lado do teclado.
Dos três modelos ThinkPad lançados, o 700C se sobressaía. Ao preço de US$ 4.350, o ThinkPad 700C era o top de linha da IBM e vinha com tela colorida TFT VGA de 10,4 polegadas (grande para os padrões da época) e 2.566 cores; um HD removível de 120MB; um processador 25 MHz 486 SLC; e um teclado confortável e que facilitava a digitação. Hoje em dia, a linha ThinkPad é fabricada pela Lenovo e é radicalmente mais poderosa do que o 700C, mas mantêm como seus diferenciais a estrutura em preto, o TrackPoint e a qualidade do teclado.
4 - Apple Macintosh Plus (1986)
Em 1984, a Apple lançou o Macintosh original que, apesar de fortemente inspirado no Xerox Star, foi uma grande novidade no mundo da computação pessoal. Mas sua memória de 128 KB era tão fraquinha que a máquina era quase inútil. A companhia acertou em cheio mesmo quando, em 1986, lançou o Macintosh Plus - veja as especificações deste modelo Apple e outros no site Apple-History.com (em inglês).
Por US$ 2.599, ele tinha o mesmo processador Motorola 68000 que era utilizado no Mac original, mas vinha com espaçosa memória RAM de 1 MB, expansível para 4 MB. Ele suportava o novíssimo disquete de formato dupla densidade de 800 KB e era o primeiro Mac com porta SCSI para rápida transferência de dados via HD externo. Assim como outros dos primeiros Macs, sua simpática estrutura bege trazia um display monocromático de 512 por 342 pixels e drive de disquete de 3,5 polegadas. Ele vinha também com acessórios bege plugáveis, como um teclado alfanumérico e um mouse retangular.
A Apple vendeu os Mac Plus até 1990, tornando-o o modelo Mac mais vendido de todos os tempos. Depois disso, ele se sagrou cult ao aparecer num filme da série Star Trek (Star Trek IV: Regresso à Terra). Hoje, exemplares em funcionamento do Mac Plus são encontrados no eBay ao preço de US$ 25 e até mesmo unidades fora de combate encontram alguma utilidade, como neste link que mostra aquários feitos com o computador.
3 - Xerox 8010 Information System (1981)
Se tivesse vivido na década de 80, Winston Churchill diria que nenhum bom computador merecia ser um fiasco como o que se tornou o Xerox 8010 Information System (também conhecido como Star). Afinal, ele foi um dos PCs que comercializou muitas das inovações desenvolvidas pela Xerox nos lendários laboratórios PARC e vistas antes apenas no computador Alto (que nunca chegou a ser vendido).
Anunciado em 1981 e produzido em 1982, o Star tinha uma interface gráfica com ícones bastante práticos e didáticos, e um desktop “metafórico” (documentado pelo site DigiBarn Museum e que impressiona até hoje). Ele usava mouse – na época, um equipamento tão estranho que o manual de instruções o chamava de “hand-held pointer”. Ele tinha embutida placa de rede ethernet e podia funcionar com uma “impressora à laser que era quase do tamanho de uma lavadora de roupas”, lembra Dave Curboe, que integrou o time de criadores do Star como engenheiro de software, em 1983. “Ele ainda tinha muitas outras características pioneiras”, completa Curboe.
Mas o Star tinha um preço que não era exatamente um atrativo: US$ 16.500 por unidade. Isso se tornou um empecilho para seu sucesso, numa época em que já se sabia que uma empresa utilizava diversos computadores e não apenas um. “Era impossível fazer tudo o que se queria com apenas uma máquina”, explica Curbow.
Acrescente à isso o fato de que até mesmo a compra de um pequeno computador não era uma idéia muito comum e não será uma surpresa constatar que o computador foi um fracasso. Alguns anos mais tarde, a Apple apareceu com o Macintosh e obteve o verdadeiro sucesso. Agora, olhando para trás, é possível notar que cada uma das idéias apresentadas pela Xerox no Star vingaram em projetos atuais.
2 - Compaq Deskpro 386 (1986)
Nos primeiros anos da era de compatíveis do IBM PC, a indústria teve um líder inabalável: a Big Blue, em si. Isso durou até que algo improvável acontecesse, como o lançamento da poderosa CPU Intel 80386, seu primeiro processador de 32-bit, que a Compaq – e não a IBM – adaptou ao mercado antes de qualquer outra empresa.
O Deskpro 386 tinha um preço inicial de US$ 6.499 que, naquele tempo, não era algo tão alto considerando suas configurações avançadas e o fato de que um IBM AT não saía por menos de US$ 5.000 e o top de linha RT, US$ 16.000. Veja o que a PC World na época: “apenas em performance de CPU, o 386 já supera qualquer concorrente”.
Em 1986 não era exigido que um PC de última geração rodasse softwares desenvolvidos para gerações anteriores à sua. O IBM RT usava uma CPU RISC e não fazia isso. Desta forma, o fato de que o Deskpro suportava, com perfeição e velocidade, aplicativos como DOS, Windows e Lotus 1-2-3 se tornou um excelente chamariz para as vendas. O Deskpro 386 não só era um dos mais poderosos e populares computadores pessoais do seu tempo como provou que a plataforma PC era algo maior do que qualquer companhia em particular.
1 - Apple II (1977)
O Apple II não foi o primeiro computador pessoal, nem foi o mais avançado e tão pouco foi o campeão de vendas. Mas, em muitos aspectos, ele foi “A Máquina que Mudou Tudo”. Em nossos quatro quesitos para avaliação – Inovação, Impacto, Design e Diferenciais – ele foi um forte vencedor. Tudo isso o credencia a ser o nosso “Grande PC de Todos os Tempos”.
O sistema de 8 bits do Apple II vinha com 4 KB de memória, expansível para 48 KB. O computador utilizava fitas cassetes para armazenamento, ao invés de disquetes. Custava US$ 1.200, mais que o dobro do preço inicial de seus dois maiores concorrentes (o Tandy TRS-80 Model I e o Commodore PET 2001). Em seus primeiros anos de vida, podia até mesmo exibir letras minúsculas. Porém, mais do que isso, trouxe uma quantidade maior de inovações do que qualquer outro computador contemporâneo a ele e foi o primeiro PC que mereceu ser considerado um item indispensável ao consumidor.
Nascido na então pequena Apple Computer, de Steve Jobs e Steve Wozniak (colegas no seminal Homebrew Computer Club), o Apple II era o segundo PC a ser fabricado pela empresa, mas o primeiro a trazer tantos diferenciais para o mercado. Era um computador pessoal colorido (podia ser utilizado até mesmo com uma TV), facilmente expansível pelos próprios usuários e que rodava as planilhas VisiCalc – provando que estes novos computadores estavam aptos a adentrar, de vez, os ambientes de trabalho.
Talvez sua maior inovação fosse o design, já que Jobs queria uma máquina que combinasse com a mesa de trabalho dos consumidores. Assim, insistiu que o Apple II tivesse um visual leve, contrário ao estilo metalizado bruto e excessivamente geométrico dos outros PCs. O aspecto ‘descolado’ do produto – já uma marca registrada da linha Apple – foi tão importante para o seu duradouro sucesso quanto a inventiva engenharia desenvolvida por Wozniak.
E sua vida foi realmente longa. Mais de 2 milhões de computadores Apple II foram vendidos de abril de 1977, quando surgiu o modelo original, até dezembro de 1993, quando o modelo IIe teve sua linha descontinuada pela empresa. A família Apple II (e isso está fielmente documentado no site Apple II History (http://apple2history.org/), em inglês) foi também a responsável por manter a empresa funcionando mesmo sob fortes turbulências sofridas nos anos 80, como fiasco do Apple Lisa. No meio desta década, no entanto, a Apple voltou suas atenções a outro bem-sucedido produto, o Macintosh Plus (o 4º lugar de nosso ranking). Mas quem realmente botou em prática o conceito de personalidade na indústria da computação pessoal foi o Apple II. O resto é história.
“Eu não tive o Apple II; eu esperei pelos seus sucessores, como o Apple IIe, que deu um grande passo a partir do primeiro Apple II. Meu IIe veio com tela colorida, drive de disquete e um display de 80 colunas, no lugar do original de apenas 40. Lembro-me de usá-lo para indexar artigos sobre tecnologia, apesar de apenas conseguir guardar quatro entradas no disco rígido, o que significava que eu tinha que carregar caixas e mais caixas de disquetes no trajeto casa-trabalho. Me recordo também de nutrir uma relação de amor e ódio com o teclado integrado dele”.
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